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Lenda da Iara - Mãe-d'água
É uma lenda que se espalhou entre os índios do litoral, Tabajaras, Tupiniquins, Tamoios e muitas outras tribos, e chegou a ser contada inclusive por Tapuias, índios do interior do Brasil, tais como Aimorés, Goitacás, Cariris e Caraíbas... Numa aldeia indígena havia uma moça muito bonita, cabelos longos e pretos, olho brilhantes, um corpo admirável, enfim, uma índia de rara beleza. Os habitantes, numa noite sem luar, iluminados por uma grande fogueira, festejavam com rituais próprios, agradecendo a fartura dos alimentos. Todos dançavam, muitos se embriagavam e essa moça, protegida do feiti-ceiro, participava dos embalos. Chegou a hora de se retirarem. Cada um abrigando-se nas ocas e o fogo apagando-se devagar. A moça foi até o riacho para refrescar o corpo, como várias outras pessoas. A escuridão era quase total. Quatro rapazes da aldeia vizinha, que vieram se misturar nos festejos, nota-ram a beleza da índia e decidiram se divertir um pouco mais, seguindo-a até a água. Um deles quis agarrá-la enquanto estava agachada lavando-se. Os outros, com a mesma intenção, come-çaram a brigar até que, sem querer, empurraram a moça longe da beirada. A índia afundou na lama e a correnteza a levava bem depressa, fora do alcance de qualquer socorro. Os moços nada puderam fazer além de escutar os gritos de desespero. Apavorados, subiram num rochedo para ten-tar distinguir no escuro, mas não adiantava já que, de repente, um silêncio total reinava. No dia seguinte, resolveram voltar ao mesmo lugar a fim de verificar se, de fato, a índia afogara-se. Eles viram, estupefatos, no meio do lago, sentada numa pedra, a linda moça penteando-se e cantando com uma voz tão melodiosa que não puderam resistir a ir até ela. Os quatro andaram sobre o fundo barrento do riacho, mas nunca chegaram perto da índia. Afogaram-se sem perceber e sem mesmo notar que a Iara os havia enfeitiçado. Desde então, todos os homens que beiram o lago são atraídos para a morte ao olhar para esta beleza fascinante. A rainha das águas, ou mãe dágua, ou simplesmente Iara, deita-se sobre bancos de areia, brinca com os peixinhos ou penteia seus longos cabelos mirando-se no espelho das águas que esconde a sua metade do corpo transformado em peixe.
Medida: 6 x 4,5 x 4,5 cm